Quando ouvimos falar de doenças femininas, logo pensamos nos órgãos que mais são afetados, os órgãos do sistema reprodutivo da mulher. Não é à toa que esse tipo de pensamento permeia por nossas cabeças, já que o corpo da mulher passa por diversas transformações hormonais por toda sua vida, o que acaba fazendo com que elas tenham muito mais chances de ter problemas desse tipo do que os homens.

Duas coisas que muitas vezes estão relacionadas a esse tipo de problema são os ovários policísticos e resistência de insulina. Mas afinal, o que essas duas coisas têm a ver? Essa doença pode trazer complicações? Como trata-la? Vamos falar sobre cada um desses aspectos no texto de hoje, mas antes, você sabe o que são ovários policísticos?

O que são Ovários Policísticos?

A síndrome dos ovários policísticos é uma doença que afeta mais de dois milhões de mulheres somente no Brasil todo ano. Calcula-se que, no geral, 20% das mulheres possui esse problema durante sua fase reprodutiva.

Trata-se de um desequilíbrio hormonal que atrapalha o processo natural de ovulação da mulher, o que acaba causando essa síndrome. Uma das principais características dessa doença é o aparecimento dos cistos, que normalmente somem após a menstruação, que ficam e acabam modificando a estrutura dos ovários da mulher, causando diversos problemas. A seguir, falaremos mais profundamente sobre as causas, sintomas e complicações da síndrome dos ovários policísticos.

Principais Causas dos Ovários Policísticos

As causas exatas dessa doença ainda não são totalmente conhecidas pela ciência, embora seja de consenso geral que o fator genético influencia no desenvolvimento da síndrome dos ovários policísticos. Calcula-se que uma mulher com histórico familiar da doença tem 50% de chances a mais de desenvolvê-la do que as que não possuem.

Outro fator pouco falado, mas que é importante de ser abordado, é a relação entre os ovários policísticos e a resistência de insulina pelo corpo de uma mulher. Diversos estudos indicam que o aumento da quantidade de insulina do sangue, o que chamamos de hiperinsulinemia, acaba causando o desequilíbrio hormonal, aumentando os níveis de testosterona no organismo de uma mulher, o que afeta os ovários e causa a síndrome.

Por essa razão, entram no grupo de risco mulheres que possuem resistência à insulina, diabetes, sobrepeso, obesidade ou tendência a ter alguma dessas doenças (pelo histórico familiar).

É importante frisar que, o fato de uma mulher possuir alguma dessas doenças não quer dizer que ela terá a síndrome dos ovários policísticos necessariamente, apenas que as chances acabam aumentando.

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Quais são os Sintomas?

A síndrome dos ovários policísticos apresenta diversos sintomas diferentes, seja na menstruação, na pele, nos cabelos, ou até mesmo no peso de uma mulher. Podemos listar alguns desses sintomas, como:

  • Ausência de menstruação ou menstruação anormal
  • Manchas na pele, principalmente no pescoço e debaixo das axilas
  • Aumento repentino de peso
  • Queda de cabelos
  • Pele oleosa, geralmente acompanhada de acne
  • Sangramentos vaginais fora do período de menstruação
  • Erupções na pele
  • Excesso de pelos na pele
  • Depressão
  • Infertilidade

Muitos dos sintomas da doença podem ser sinais de outras complicações que uma mulher pode ter, portanto é importante ficar atenta aos conjuntos de sinais e procurar um médico especialista para se ter certeza de que você realmente possui a doença.

Como é Feito o Diagnóstico?

O diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos é feito através de diversos exames, que precisam isolar a outros tipos de problemas que afetam o desenvolvimento hormonal de uma mulher, como as tireoides ou glândula suprarrenal.

Vale lembrar que um exame isolado normalmente não consegue identificar a doença, sendo necessários alguns deles medindo os níveis hormonais da mulher para se ter certeza do diagnóstico.

Como Prevenir a Doença?

A prevenção da doença deve ser feita principalmente pelas mulheres que estão no grupo de risco, ou seja, que possuem doenças como diabetes, pois não podemos esquecer que a síndrome de ovários policísticos e resistência de insulina são coisas que muitas vezes estão ligadas.

Dito isto, a melhor forma de prevenir a doença é através de uma dieta balanceada e da prática de exercícios físicos. Isso porque a dieta vai fazer com que a mulher nunca tenha excesso de açúcar no sangue, o que ajuda na produção de insulina e, consequentemente, também ajuda a regular sua produção hormonal. Os exercícios físicos, combinados com essa dieta também são de grande ajuda.

Não se esqueça de sempre visitar seu médico e ter os exames em dia. Dessa forma você consegue descobrir qualquer alteração no seu corpo a tempo de trata-la da melhor forma e assim evitar maiores problemas.

Tratamento dos Ovários Policísticos

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos pode ser feito de diversas formas. A primeira delas, com medicamentos, pode ser feita através de pílulas anticoncepcionais que regulam a menstruação e a produção de hormônios no corpo de uma mulher, além de outros medicamentos para esse tipo de controle.

Medicamentos também podem ser geralmente usados para a diminuição de alguns dos principais sintomas como o excesso de pelos ou até mesmo a diminuição do colesterol de uma mulher, caso haja necessidade. Porém, vale deixar claro que para tratamento da síndrome de ovários policísticos também ha opções não medicamentosas como o mio-inositol que chegou ao Brasil com a Fertisop, que atualmente ganhou uma versão eficiente e também bastante acessível, o FamiSitol. O FamiSitol (mio-inositol) ajuda a combater a intolerância à insulina, por isso, é bastante indicada por médicos especialistas no assunto. indicamos o site da Famivita para consultar maiores informações sobre essa grande aliada das mulheres.

Além do FamiSitol, o mercado conta com outros medicamentos que contém o mio-inositol na sua composição, como o FertiSop, Ofolato SOP e Sitol. Cada um desses produtos possui benefícios similares, mas com um preço mais elevado do que o FamiSitol.

Outra grande aliada no tratamento dessa doença é a já citada dieta, que deve sempre ser acompanhada de exercícios físicos regulares. É importante visitar uma nutricionista para que seja passada uma dieta específica e balanceada para cada caso, além das recomendações de exercícios que podem variar de acordo com o peso e a idade de cada mulher.

Ter Ovários Policísticos Dificulta a Gravidez?

Ao mesmo tempo que sabemos que é possível engravidar mesmo tendo ovários policísticos, também sabemos que essa síndrome pode acabar complicando a gestação da mulher, com maiores chances de problemas como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, parto prematuro e até mesmo aborto espontâneo.

Nesses casos, todas as dicas para prevenir e tratar a doença também cabem aqui. Uma alimentação saudável e exercícios (nesse caso, apenas os específicos para grávidas) vão ajudar a eliminar as chances de problemas na gestação.

Muitas vezes nós desconhecemos a correlação entre dois problemas que parecem distintos como é o caso dos ovários policísticos e resistência de insulina. Mas apesar disso, ter conhecimento sobre essa relação e de como ela pode afetar a vida de uma mulher é muito importante não só para saber o que pode causar essa doença, mas para preveni-la e evitar que as complicações que a acompanham te atinjam também.

Apesar de não ser possível evitar todas as doenças durante toda a sua vida, é possível ter um controle maior sobre a sua saúde e sobre a forma como você se trata. E é por isso que essas informações são tão úteis.

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Foto: episy2