É verdade que existem preocupações comuns à todas as mães de bebês, não importa o sexo ou as condições em que cada um deles se encontra. Mas também existem preocupações que são exclusivas das mães de meninos e uma dessas preocupações é quando o testículo não desceu depois de um ano de idade.

Esse é um problema que pode acontecer e é necessário estar atento a ele. Mas por que isso acontece? Quais são as complicações que isso pode trazer? Como resolver? Vamos falar sobre tudo isso, e entender mais a fundo sobre o assunto em geral.

Bebê Nasceu Sem Testículos

Não é incomum que um bebê menino nasça “sem os testículos”. Na verdade, não é que ele não possui esses órgãos, mas sim que eles ainda estão do lado de dentro do corpo, na cavidade abdominal, o que é ainda mais comum em bebês prematuros.

Os testículos migram para o escroto naturalmente com a estimulação hormonal e lá começam a se desenvolver. Quando após um determinado período de tempo um testículo não desceu ou até mesmo os dois, esse problema recebe o nome de criptoquidia, que acontece em cerca de 3% dos bebês e, nos prematuros, o número sobe para 20%.

Por que Isso Acontece?

Não se sabe exatamente porque ocorrem esses problemas com os testículos, mas sabe-se que isso ocorre, dentro da barriga da mãe, por volta do sétimo mês, ou seja, no caso dos prematuros, há uma explicação do porquê isso ocorrer.

Mas também existem indícios de que outros fatores podem influenciar, como um problema hormonal da mulher durante a gestação, um problema no desenvolvimento de determinados músculos do bebê ou até mesmo a existência de alguma coisa em seu corpo que obstrua o caminho do testículo.

O Que é Testículo Retrátil?

Ao contrário da cripitoquidia, o testículo retrátil fica em seu lugar habitual quando o bebê está em repouso, mas acaba saindo do lugar ocasionalmente. Quando esse problema é identificado corretamente, ele não necessita de nenhum tipo de tratamento, pois o testículo vai ficando em seu lugar normal conforme o desenvolvimento da criança.

A maior preocupação que temos quanto a criptoquidia é por conta da possibilidade de o bebê cresce e se tornar um adulto infértil, entre outros problemas que também podem ser gerados.

O que acontece é que, se os testículos não estiverem no escroto, eles não amadurecem na maneira correta, o que podem ocasionar esses problemas. Além disso, se esse problema não for tratado de forma correta, há risco de atrofiamento dos testículos.

Cirurgia de Testículo Não Descido

Se um testículo não desceu até os 6 meses de idade, é pouco provável que ele volte ao normal sozinho, muitas vezes necessitando de uma cirurgia. Esse tipo de operação é feito até, no máximo, 2 anos de idade, ainda que muitos médicos recomendem fazê-la o mais rápido possível para conseguir corrigir o problema sem gerar nenhuma consequência grave para o menino.

Procedimento Simples ou de Risco?

O processo cirúrgico é simples, com o bebê tomando uma anestesia geral e o médico levando o testículo até o lugar onde ele deve estar. Dependendo do nível do problema, é possível que a cirurgia seja feita em fases e que demore um pouco mais do que o esperado.

Existem casos onde, mesmo após a cirurgia, o testículo volta a sair do lugar e exatamente por isso, é necessário que haja um bom acompanhamento médico pós-operatório. Ainda que a ideia de uma cirurgia em um bebê possa apavorar mães e pais, é necessário manter a calma e saber que o processo é simples, além de não haver necessidade de internação.

É muito comum que os bebês recebam alta no mesmo dia que realizaram a cirurgia, sendo necessário voltar apenas para o acompanhamento já citado aqui. Perceber que um testículo não desceu é um sinal de alerta para que os pais levem seus filhos ao médico para verificar se realmente existe um problema e como devem agir dali para frente.

Mas é importante sempre manter a calma e só tomar algum tipo de atitude depois de saber exatamente do que se trata e de como os procedimentos médicos irão acontecer. Muitas vezes o corpo do bebê pode tratar do problema sozinho, necessitando apenas da observação constante de um médico para verificar se está tudo bem. Seguindo essas orientações, dificilmente isso será um grande problema para a vida do menino.

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Foto: cabujak