As crianças albinas são aquelas bem clarinhas, com cabelos, sobrancelhas e cílios bem louros, quase brancos, características causadas pela falta da produção de melanina nos tecidos. Devido a estas características tão perceptíveis, logo no nascimento já é possível identificar se a criança é portadora do albinismo.

O albinismo não é uma doença tão rara assim. Possivelmente já nos deparamos com crianças e adultos albinos. O que a grande maioria não sabe, é exatamente o que causa esta doença e o porquê que ela provoca esta ausência de cor em quase todo o corpo.

Conheça mais sobre as características do albinismo, as causas e tratamentos para entender melhor como vivem estas crianças que podem sim ser mais clarinhas que a maioria, mas que são simplesmente, crianças como todas as outras. Com os mesmos sonhos, as mesmas habilidades e os mesmos direitos.

Principais Características do Albinismo

O albinismo é simplesmente a falta da produção de melanina suficiente para a pigmentação dos tecidos como a pele, cabelo, cílios e sobrancelhas. Por isso as crianças albinas têm a pele bem clara e os cabelos com um loiro quase branco.

Cor dos Olhos

Os olhos dos albinos também possuem a coloração afetada, geralmente são azuis ou violetas, mas ainda é possível existir crianças albinas com os olhos vermelhos ou castanhos. No entanto, existem ainda crianças albinas que tem o cabelo e os olhos castanhos e a pele não é tão clara. E se ainda estas características forem semelhantes à de seus pais e familiares, a doença pode até passar despercebida.

Problemas de Baixa Visão

O Albinismo causa maior prejuízo mesmo à pele e aos olhos. A criança albina apresenta problemas de baixa visão e em casos extremos pode levar até a cegueira, por conta de um desenvolvimento deficiente da retina e problemas na conexão do nervo ótico. Este é um dos motivos que o oftalmologista é um dos especialistas que podem contribuir para um diagnóstico mais preciso da doença.

Pele Mais Sensível

Com relação a pele da criança albina, os cuidados precisam ser extremos para protegê-la do contato com os raios solares, por ser um a pele muito branca, devido à falta de melanina, é muito sensível e precisa sempre estar protegida, coberta com roupas compridas sempre que possível e muito protetor solar. Toda esta proteção é ainda mais importante para os albinos porque eles possuem maior probabilidade de contrair o câncer de pele.

O albinismo é uma doença congênita que ainda não tem cura e pode afetar qualquer pessoa, independentemente da nacionalidade, raça ou nível social. Para uma criança nascer albina basta que seus pais tenham o gene do albinismo.

Por exemplo, um casal que possui o gene do albinismo, mesmo não tendo manifestado nenhuma característica da doença, tem em média 25% de chances de ter um filho albino.

Tipos de Albinismo

Na maioria dos casos, percebemos uma criança albina de longe, justamente por causa das características físicas marcantes. Porém existem tipos diferentes de albinismo, que são classificados de acordo com o gene que sofreu a mutação.

  • Albinismo oculocutâneo: quando afeta a pigmentação da pele, cabelo e dos olhos. Dentro desse tipo existe o albinismo mais severo, onde não existe a melanina, e um tipo mais moderado, quando existe a melanina, mas em quantidade insuficiente.
  • Albinismo parcial: Neste tipo de albinismo, o impacto é ou nos olhos, ou no cabelo ou na pele, ou ainda só quando existir problemas na visão que são típicos desta doença.

O que Causa o Albinismo e Quais são os Sintomas

O albinismo é causado exclusivamente por uma mutação genética, quando diversos tipos de genes, que são específicos na produção de várias proteínas responsáveis pela fabricação da melanina, estão deficientes.

A melanina é uma substância natural do nosso organismo, encontrada na pele, cabelos e olhos. São produzidas por células chamadas de “melanócitos”, falhas nestas células podem ocasionar na ausência total ou numa produção de melanina insuficiente, ocasionando impactos na pigmentação destas partes do corpo, resultado nos sintomas já conhecidos do Albinismo.
É comum bebês albinos não apresentarem nenhuma ou muito pouca pigmentação nas sobrancelhas e cílios, ou ainda como um primeiro sinal a visão comprometida. Isso costuma ocorrer por volta do terceiro ou quarto mês de vida.

Portanto se notar em seu filho estas características, procure um médico para identificar a presença da doença, normalmente confirmada através de um exame oftalmológico, para que em caso positivo, seu filho possa ser acompanhado desde o início garantindo um quadro clínico mais estável e melhor qualidade de vida.

O acompanhamento médico é muito importante porque em mutações genéticas raras o albino pode apresentar quadro de hemorragia nasais, hematomas ou infecções crônicas que requer ainda mais cuidados.

Tratamentos Indicados Para Crianças Albinas

Bem, já sabemos que o albinismo nada mais é que uma falha genética e isso torna as opções de tratamento mais limitadas. Basicamente a criança albina deve receber cuidados periódicos com a pele e com a visão.

O albinismo está diretamente ligado a problemas nos olhos, de modo que o oftalmologista será um especialista importante para participar de todo o processo de tratamento, que será contínuo, com o intuito de detectar a evolução de algum quadro que afete de forma mais agressiva a visão do paciente.

Realizar exames periódicos para avaliar a evolução dos impactos na visão é comum para este tipo de tratamento. Muito provavelmente os albinos necessitem de lentes de óculos especiais e, procedimentos cirúrgicos para amenizar os sintomas de nistagmo e estrabismo, podem ser também indicados pelo oftalmologista.

O cuidado com a pele do albino é igualmente importante. Um acompanhamento contínuo e preventivo é importante para que seja possível detectar qualquer indício do surgimento de lesões que podem causar o câncer de pele, que é uma das complicações mais graves desta doença.

O albinismo não é contagioso, não interfere na expectativa de vida do paciente e com um acompanhamento médico correto para evitar qualquer complicação na vista ou doenças de pele, é sim possível ter uma ótima qualidade de vida.

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Foto: Felipe Fernandes